Trilho Aldeia de Couce

Bem no coração do Parque das Serras do Porto, pelas Serras de Santa Justa e Pias e com a companhia constante do Rio Ferreira, a pequena Aldeia de Couce pertence ao concelho de Valongo, distrito do Porto.

A caminhada começou na cidade, no Centro de Trail Running de Valongo, um espaço verde com um parque infantil, propício para caminhadas e desportos ao ar livre e com bastante estacionamento nas redondezas! E do lado esquerdo deste parque existe uma pequena ponte de madeira e é aqui que começa a aventura!

Não sou expert em trails e o meu sentido de orientação não é de confiança… no entanto, estou sempre disposta a ir ao encontro da natureza e a fazer umas belas caminhadas!!

Este percurso, que inclui o Corredor Ecológico é composto e sinalizado com vários trilhos:

Trilho Ferreira, 10 km
Trilho da Santa Justa, 12 km
Trilho do Paleozóico, 23 km
Trilho do Vale Longo, 45 km

É óbvio que o percurso escolhido foi o Nº 1 – Trilho Ferreira, cor verde, e no final das contas foram cerca de 12 km palmilhados em cerca de 4 horas, incluindo uma paragem à beira rio para lanchar e descansar!!

Após a travessia da pequena ponte em madeira, um estreito caminho leva-nos até às primeiras placas com sinalização dos vários trilhos e a cada passo que damos a civilização vai ficando para trás por caminhos de terra e alguns com bastantes pedras, mas considerado um percurso fácil, acessível a miúdos e graúdos!

A primeira paragem foi num pequeno lago, onde a água corre e apesar da sua beleza, nota-se bem a intervenção humana no seu lado negativo, o lixo que deixam para trás, não era muito, mas estava visivelmente presente…

E algures mais à frente, provavelmente fizemos um desvio do trilho… e percorremos um caminho de asfalto, passando por algumas casas e depois de descer uma longa rampa, entramos na estrada da serra, que é sempre a subir e onde o trânsito tranquilamente vai circulando… e a Ecovia, vimos sinais dela, mas ao longe… fomos subindo pela estrada, considerada como parte do “corredor ecológico” até encontramos mais uma placa, no lado esquerdo, a indicar um caminho interior até à Aldeia… a partir deste ponto entramos novamente num caminho de natureza, deixando para trás o alcatrão… chegamos ao destino e passamos pelas poucas casas e pessoas que lá vivem e descemos até à Ponte de Couce!

Não paramos na Aldeia, pois a intenção era chegar perto do rio e muito sinceramente, não há muito para ver, apenas algumas casas rurais, ruelas estreitas e com lama, cães a ladrar, possivelmente por causa da nossa presença, ovelhas e alguns dos poucos habitantes que por aqui vivem!

Na Ponte de Couce, o rio corre em espaço mais aberto e é possível aceder facilmente às suas margens!! E do lado direito da ponte, infelizmente várias pessoas estavam por lá acampadas, com música nas alturas que se ouvia na aldeia e que estragava completamente o ambiente natural do espaço…

Fomos então para o lado esquerdo, e no início do caminho existe uma placa a sinalizar a “Corrida dos Pescadores”, paramos para lanchar, bem na margem do rio! Não fomos a banhos, mas tiramos as sapatinhas e relaxamos os pés nas águas do Rio Ferreira, que por sinal não era gelada e apesar de por lá estarem várias pessoas, a tranquilidade do local é fantástica, pois o som do rio a correr abafa qualquer barulho humano e a natureza em redor merece admiração!!

Depois do lanche, já com as energias repostas, seguimos pelo lado esquerdo, pensando nós que era o caminho de regresso, segundo o mapa que está na ponte a indicar o “Caminho dos Pescadores”, um caminho que acompanha o rio bem de perto, mas chegando a um certo ponto, o caminho deixa de existir e assim voltamos para trás ( e não fomos as únicas…) e fizemos o percurso de volta pela Aldeia. No entanto, aconselho a fazer o pequeno percurso da “Corrida dos Pescadores”, porque para além de ser pequeno, é sempre lado a lado com o rio e a natureza é recheada de pequenas e coloridas flores!!

Já no regresso e depois de passar a Aldeia e o “Caminho Interior de Couce”, descemos a estrada da serra e aí encontramos mais uma placa a sinalizar o percurso pela Ecovia que entretanto perdemos no percurso de ida… e lá fomos embora, por um caminho diferente e que nos levou de volta ao ponto de partida!

E assim se passou mais uma bela tarde, em harmonia com a natureza e em excelente companhia!! O percurso é bem sinalizado, mas merecia mais “carinho e cuidados” pela entidade responsável pela sua manutenção…

Dicas:

E para que possamos desfrutar daquilo que o país nos oferece, não é por estarmos ao ar livre que vamos desrespeitar estes espaços que tanta tranquilidade nos dão e que tanto apreciamos, por isso como em tudo na vida, existem regras a cumprir, que nada mais nada menos demonstram apenas a nossa educação e o nosso respeito pela Natureza e pelo próximo, por isso deixo aqui algumas dicas que para além de simples, são de “ouro”!!:

Na Natureza nada se tira além de fotos!! Por isso, não colha flores porque sim ou qualquer coisa do género, se passar por algum animal, seja insecto ou rastejante, deixe-o seguir o seu percurso, porque afinal ele é que está no seu habitat!! 😉
Na Natureza nada se deixa além de pegadas!! Por isso, leve um saco para trazer o lixo que faz, porque já basta o que os inconscientes e sem respeito deixam para trás… e infelizmente, já não é pouco… 😦
Na Natureza nada se leva além de lembranças!! Por isso, não traga nada, apenas muitas fotografias e crie boas memórias para mais tarde recordar!! 😉