Roteiro de 5 dias:
Paris, a cidade das luzes, do amor, da arte, dos monumentos e palácios, de Napoleão, das deliciosas baguetes e dos famosos croissants, dos artistas de rua, dos cabarés, da moda, dos cadeados nas pontes e em todo o lado… enfim, uma cidade pela qual me apaixonei, que me faz sentir “em casa”, que repeti e quero certamente voltar mais vezes!!
Desta vez a viagem foi com mais três amigas, pois uma delas é artista plástica e expôs uma das suas obras num evento que decorreu no Carrousel du Louvre. O Art Shopping abrange centenas de artistas de todo o mundo e nós (Portugal), marcámos presença!!

Elsa Martins, é uma artista natural de Ponte de Lima, oriunda de uma família de forte cariz artístico, desde cedo se decide pela pintura! À sua veia artística experimentalista alia: o óleo, o acrílico, o desenho e as técnicas mistas, sendo estas as bases da sua procura e afirmação do momento!!
A exposição decorreu durante o fim de semana e por isso chegámos a Paris na 6ª feira, o dia da inauguração e pela Cidade das luzes a estadia foi de 4 noites!!
O roteiro envolveu grande parte do tempo, toda a área do Museu do Louvre, pois o Art Shopping foi motivo de visita durante os primeiros 3 dias!! Elaborei assim um roteiro que permitisse a presença da artista no evento e ao mesmo tempo tentei encaixar várias actividades, que nos permitissem conhecer mais desta fantástica cidade!!
Com as viagens marcadas e compradas, consegui reservar um T0 no 2º Arrondissement, um bairro bem central, de frente para o Le Grand Rex, um grande cinema com sala de concertos, perto do Louvre, com bastante comércio e bem frequentado!! E claro, com um preço fantástico!!
1º Dia
No primeiro dia aterramos no Aeroporto Paris-Charles de Gaulle bem depois do almoço, e em vez de fazermos a viagem de comboio e depois de metro, como éramos 4 pessoas, reservei pelo Booking um “táxi” privado e o motorista recebeu-nos na sala de desembarque do aeroporto e levou-nos até à porta do apartamento!! Pelo mesmo preço, fizemos uma viagem confortável e sem transportes públicos, nem mochila às costas!! Sim, porque quem viaja comigo, só leva mesmo bagagem de mão!!
Depois do check-in no alojamento, fizemos umas compras para abastecer o frigorífico, aproveitamos para conhecer um pouco do bairro e seguimos para o Carrousel du Louvre para a abertura da exposição, e enquanto a artista foi representar a sua obra, nós fomos “matar saudades” das Pirâmides e respirar um pouco a brisa parisiense!! E entretanto fomos para o evento, para apoiar e apreciar toda aquela arte que abrangia os quatro cantos do mundo!!
2º Dia
Atelier des Lumières / Cemitiere Père – Lachaise / Sainte Chapelle / Conciergerie / Shakespeare & Company / Quartier Latin
O dia começou com uma caminhada de 3km até ao Atelier des Lumiéres, e porque Paris é arte, esta foi mais uma maneira diferente, de ver os trabalhos de uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental, Vincent Van Gogh!!
Atelier des Lumières:
O espaço é uma antiga fundição que foi bastante importante durante a Revolução Industrial e que Bruno Monnier, presidente da Culturespaces, descobre o espaço e decide criar em Paris, um centro de arte digital. As exposições imersivas, são sem dúvida uma maneira diferente de apreciar arte e tivemos sorte porque o espetáculo que assistimos foi maioritariamente dos trabalhos de Van Gogh, um génio ignorado durante a sua vida e que se tornou famoso após o seu suicídio…“La Nuit Étoilée”, “A Noite Estrelada”; e “Japon Réve”, “Japão Sonhado” e “Verso”!!
Imagine um grande armazém, em que nas paredes e no chão, passam as obras de forma digital ao som de música, e para apreciar este espetáculo, pode caminhar pelo espaço, sentar-se nos poucos bancos que existem, ou então sentar-se ou mesmo deitar-se no chão e absorver toda a arte dos artistas!!
Dica:
- Comprar o bilhete online, porque pode esgotar facilmente. Eu comprei para a primeira sessão do dia, às 10h00 da manhã, porque é quando tem menos pessoas. O espetáculo tem duração de pouco mais de 1 hora, mas se quisermos ficar e assistir novamente podemos fazê-lo… ou seja, às 10h00 da manhã entra um número limitado de pessoas, depois na próxima hora entra outro grupo, mas as pessoas do primeiro podem ficar e rever o espetáculo e assim começa a encher o espaço e a ficar lotado… por isso aconselho mesmo a comprar os bilhetes para a primeira hora do dia, que geralmente é às 10h00!!
Cemitério Père – Lachaise:
Pode parecer um bocado “creepy“, mas este foi um dos lugares que não consegui visitar no ano passado e que fazia parte do meu roteiro… e como ficava perto do Atelier des Lumières, decidi incluí-lo desta vez, pois a curiosidade de conhecer era muita!! Infelizmente chovia bastante e a visita foi rápida… o local tem cerca de 44 hectares e mais parece um museu ao ar livre onde todos os estilos de arte funerária estão representados! Aqui estão sepultados inúmeros nomes famosos e por isso é um ponto de visita bastante frequentado, nomes como: Honoré de Balzac; Guillaume Apollinaire; Frederic Chopin Colette; Jean-François Champollion; Jean de la Fontaine; Molière; Yves Montand; Simone Signoret; Jim Morrison; Edith Piaf; Oscar Wilde e muitos mais…
A entrada é livre, das 8h30 às 18h00 e porque a chuva não deu tréguas… fizemos uma pequena caminhada pelo cemitério e descobrimos o túmulo de Jim Morrison, o famoso vocalista da banda The Doors!!
Dica:
- O lugar é mesmo muito grande e por isso o conselho que dou é, levarem um mapa já de casa imprimido e assinalar os túmulos que quer visitar, porque realmente o sítio mais parece um labirinto… Na entrada tem um mapa que pode ser fotografado e tentar guiar-se por este… Outra dica é, onde estiverem grupos de pessoas, aí certamente está sepultado algum famoso!! Como a chuva era bastante, poucas pessoas estavam presentes e o mapa tinha ficado no alojamento… Mas valeu a visita, a chuva era importuna mas criava um ambiente silencioso e místico e não o suposto ponto turístico em que toda a gente fala e se formam multidões tirando o verdadeiro sentido do lugar e aquilo que representa!!
Sainte – Chapelle:
Já a meio da tarde, caminhamos junto ao Sena em direcção da Sainte-Chapelle! Concluída em 7 anos, foi destinada a receber as mais preciosas relíquias, incluindo a Coroa de Espinhos de Cristo! As 1113 cenas do Antigo e Novo Testamentos retratadas em vitrais, distribuídas por 15 janelas com 15 metros de altura, contam a história do mundo desde o início até à chegada das relíquias em Paris.
Muitos dizem que apesar de pequena, esta capela consegue ser mais bonita que a Catedral de Notre Dame … Infelizmente no ano passado a fila para entrar na Notre Dame era tão grande que eu desisti… e é claro que me arrependo profundamente, pois com o incêndio a Catedral está inacessível e não sabe quando poderá ser novamente visitada…
A Sainte-Chapelle por fora já mostra a sua beleza, mas a surpresa é mesmo no seu interior, e sem esquecer que tem dois pisos, no primeiro já ficamos boquiabertos com tanta cor, e para o segundo piso, temos de subir por umas escadas estreitas em caracol, que ficam do lado esquerdo da entrada da capela, bem escondidas… mas depois de subirmos as ditas escadas… e principalmente, se o sol brilhar lá fora… os vitrais parecem ganhar vida e contam a sua história, enchendo os olhos e o coração de cor e luz!!
Dica:
- O bilhete pode e deve ser comprado online!! Eu comprei os bilhetes por €15 porque juntei à visita, a entrada no Conciergerie que fica ali ao lado e o melhor é que não tem data ou hora marcadas e é válido por um ano!! Por isso, como não tem horário marcado, sugiro que a visita seja feita num dia de sol para apreciar ainda mais, as cores dos vitrais da Sainte-Chapelle!!
Conciergerie:
É um palácio gótico, residência real até ao século XIV pois os reis de França deixaram o palácio e mudaram-se para o Louvre e Vincennes.
De residência real a tribunal, o Conciergerie foi palco de actividade judicial, tendo sido construídas prisões durante a Revolução Francesa.
O prisioneiro mais famoso, neste caso prisioneira, foi Marie-Antoinette, Rainha de França. E por acaso estava a decorrer uma exposição sobre a Rainha com documentos da época, trajes, objectos e muito mais para ver!! Provavelmente sem a exposição não seria tão interessante, pois apenas podemos visitar a sala dos guardas e o imenso Salão do Povo, bem como as cozinhas…tudo despido de qualquer tipo de mobiliário ou acessórios… mas por €5 vale bem a pena entrar num castelo!! Principalmente pela história de Marie-Antoinette!!
Dica:
- Na fachada do palácio, junto ao Sena, tem um relógio, e apesar de este não ser o original, foi neste sítio que se instalou o primeiro relógio público em França em 1371, tendo sido substituído pelo actual em 1585!!
Shakespeare & Company:
A caminho desta famosa livraria, passamos pela Catedral de Notre Dame, que está completamente vedada, atravessamos a Ponte D’Arcole e fomos “espreitar” o Hôtel de Ville ou a Câmara Municipal de Paris, um imponente edifício com arquitectura da época renascentista!
E para os apaixonados da leitura, a visita à Shakespeare & Company é ponto de paragem obrigatório!! É livraria, alfarrabista e biblioteca de leitura! Um espaço único que deve ser visitado, mesmo que não compre nada!!
Dica:
- É proibido tirar fotografias no interior da livraria!!
- Se gostar de gatos pode ter a sorte de encontrar o Aggie, o felino residente!! 🙂
Quartier Latin e Place Saint Michel:
Depois da visita à livraria, fomos explorar o bairro, o Quartier Latin, situado no 5º Arrondissement, famoso pela Universidade Sorbonne, as suas ruas pitorescas cheias de charme, bom ambiente e bastante comércio, o Panteão de Paris, os Jardins de Luxemburgo e a Praça e Fonte de Saint-Michelle!!
Por aqui passeamos pelas ruas apinhadas de gente, jantamos um saboroso e generoso kebab grego e fomos conhecer a grandiosa Fonte de Saint-Michele!! A noite já espreitava e nada como caminhar pela cidade das luzes e apreciar o seu encanto!! E como é sabido, a melhor forma de conhecer uma cidade é percorrê-la a pé!! O Metro só é usado para longas distâncias ou ao fim do dia se estivermos muito cansados!!
3º Dia
Musée D’Orsay / Grand Palais, Petit Palais e Pont Alexander III / Les Invalides / Palais Royal
O dia começou com chuva, mas nem isso nos impediu de caminhar quase 3 km até ao Museu D’ Orsay!! 🙂
Musée D’ Orsay:
Mesmo no coração de Paris e junto ao Sena, a paisagem é grandiosa e para lá chegarmos ainda tivemos o privilégio de caminhar pelo Jardim das Tulherias!!
Este museu é enorme e são precisas várias horas para apreciar tanta arte!! O edifício que alberga este museu nacional é a antiga e luxuosa Estação Ferroviária de Orsay, inaugurada em 1900 para a Exposição Universal! E apesar da sua modernidade, rapidamente foi ultrapassada pela evolução dos caminhos de ferro pois o comprimento das suas plataformas deixa de ser adequado para os novos comboios, sendo a sua actividade limitada a partir de 1939… A transformação em museu é assim idealizada nos anos 70 e a sua inauguração aconteceu em Dezembro de 1986!
O museu apresenta uma grande diversidade, desde: pintura; escultura; artes decorativas; fotografia; artes gráficas e arquitectura. Com nomes de artistas famosos, como: Van Gogh; Cézanne; Degas; Maurice Denis; Odilon Redon e muitos mais!!
Dica:
- Comprar os bilhetes online para evitar longas filas!
- Para além de toda a arte, existem os relógios, gigantes e fascinantes!!
- Ir espreitando pelas janelas do museu, pois as vistas são incríveis!! Desde a Torre Eiffel, ao Sacré-Coeur em Montmartre e os famosos telhados de Paris!!
- Espreitar também o restaurante, ou quem sabe mesmo almoçar por lá!! A sala é magnífica e cheia de cor!!
- Muitas pessoas preferem o Museu D’Orasy ao Museu do Louvre, mas para mim, o Louvre é o Louvre…
Grand Palais / Petit Palais / Pont Alexandre III:
Já depois do almoço, atravessamos o Sena, caminhamos novamente pelo Jardim das Tulherias em direcção à Praça da Concordia, de onde ao longe avistamos o Arco do Triunfo e fomos até este conjunto arquitectónico grandioso, como tudo em Paris, também projectado para a Exposição Universal de 1900!
O Grand Palais des Beaux-Arts é uma construção feita em pedra, ferro e vidro que actualmente abriga o Palais de la Découverte dedicado ás ciências aplicadas e as Galeries Nationales para a exposição de colecções de museus nacionais.
Em Dezembro de 2020 irá encerrar ao público, para em Janeiro de 2021 dar início a um projecto de restauração e desenvolvimento, com inauguração marcada para a Primavera de 2023 da Nave, das Galerias e da Rue des Palais! E o Palais de la Découverte será inaugurado na Primavera de 2024!
Não visitamos, apenas apreciamos o seu exterior e quem sabe em 2023 ou 2024 estaremos presentes na sua inauguração!!
O Petit Palais, conhecido pelo seu portão dourado instagramável, foi sem dúvida uma bela surpresa!!
Convertido em museu de belas artes em 1902 para abrigar as ricas colecções da cidade e também exposições temporárias, o Petit Palais distingue-se pela riqueza da sua decoração, pela variedade das suas obras e do seu layout!
Ao entrar no seu portão dourado, deparámo-nos com o Vestíbulo da Entrada; as Grandes Galerias; os Pavilhões; o Peristilo do Jardim; A Cúpula de Maurice Denis; as Ferragens; os Vitrais e os Mosaicos!
A Pont Alexandre III, que liga os Campos Elísios e os Inválidos, é uma das mais ornamentadas e extravagantes de Paris. Classificada como Monumento Histórico, de estilo Beaux-Arts, com as suas Ninfas e cavalos nas extremidades, os postes de iluminação Art Noveau, as 4 estátuas de Famas em bronze dourado que vigiam a ponte: A Fama das Ciências; a Fama das Artes; a Fama do Comércio e a Fama da Indústria. Foi também palco de filmagens de vários filmes bem conhecidos e é sem dúvida uma das muitas pontes que merece ser atravessada e contemplada!!
Dica:
- A entrada no Petit Palais é gratuita!! E merece bem uma visita!! No jardim tem um café muito simpático e se procura por um bom expresso, ou uma boa bica, aqui é um bom local para sentar e tomar um cafézinho, mas prepare-se porque eu paguei €2,90!! Mas vale a pena!!
Les Invalides:
Ainda na Ponte Alexandre III, as amigas decidiram regressar ao Louvre e eu claro, decidi seguir o roteiro, e fui conhecer O Hôtel des Invalides também conhecido pelo Palácio dos Inválidos! Um enorme monumento mandado construir por Luís XIV em 1670 para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. E como tenho um fascínio pelo que é militar, pela sua história e tendo na família: pai, padrinho e tios que estiveram na Guerra do Ultramar, toda esta envolvência faz-me querer conhecer estes sítios e tentar imaginar o que por lá se passou e as tristezas e dores que por lá foram vividas…
Ainda hoje Les Invalides acolhem os inválidos, e é uma necrópole militar e sede de vários museus. Os restos mortais de Napoleão Bonaparte encontram-se aqui, na Capela Real dos Inválidos.
O National Hôtel des Invalides, é considerado uma cidade dentro da cidade! A entrada é livre, tendo apenas de passar pela segurança, feita por militares e depois lá dentro algumas visitas são pagas.
O Tribunal de Honra, é o pátio maior dos Inválidos, e o espaço mais central onde decorrem muitos eventos e por aqui podemos apreciar uma grande parte das colecções de artilharia e esculturas! E é gratuito!!
O alinhamento dos canhões no pátio apontados para o palácio tem um simbolismo… que é para lembrar ao seu residente, que em França, soberano é o Povo!! 😉
A Catedral de Saint-Louis des Invalides, com 300 anos de história, merece sem qualquer dúvida uma visita. E a entrada é gratuita!!
O Dôme des Invalides ou a Capela Real dos Inválidos é o panteão da glória militar onde jazem os restos mortais de Napoleão, foi o edifício mais alto de Paris até à construção da Torre Eiffel. A entrada é paga.
O Museu do Exército, O Museu da Ordem da Libertação e o Museu de Planos de Socorro albergam várias colecções, permanentes e temporárias, desde Saint-Louis a Louis XIV com armas e armaduras antigas; de Louis XIV a Napoleão; as duas Guerras Mundiais; o Histórico de Charles de Gaulle e os armários incomuns. Este vai ser um local a visitar na próxima viagem a Paris e a dedicar várias horas para conhecer e presenciar tanta história!!
Dica:
- A entrada paga dá acesso aos 3 museus e ao Dôme des Invalides.
- A entrada gratuita dá acesso ao pátio principal com as colecções de artilharia e à Catedral Saint – Louis des Invalides!
Palais Royal:
Construído para o Cardeal Richelieu, este é um local muito apreciado para passear tanto por parisienses como por turistas!!
É um palácio e jardim, localizado no 1º Arrondissement, em frente à ala norte do Louvre, famoso pelo seu pátio com colunas de Buren; as duas fontes móveis de Pol Bury; Le Jardin des Belles Lettres, com os seus corredores Cocteau e Collete, que aqui viveram e escreveram e os seus bancos gravados com poemas; e “Les Confidents”, dez oradores poéticos, criados pelo escultor Michel Goulet, inspirado na cadeira histórica do Palais Royal, móveis típicos dos jardins parisienses. Estas cadeiras são feitas para duas pessoas e se levar uns fones de ouvido, pode conectá-los à cadeira e ouvir declamação de poemas de escritores contemporâneos (em Francês)…
Dica:
- O acesso ao pátio e jardim é gratuito, e como fica bem perto do Louvre, nada como ir até lá e dar um passeio!!
- As colunas às riscas pretas e brancas de Buren, são outro ponto Instagramável para mais tarde recordar!! 😉
Já no final da tarde, era hora de voltar ao Carrousel du Louvre para o fecho da grandiosa exposição, o Art Shopping – Paris / 2019 – Carrousel du Louvre!!
4º Dia
Montmartre / Tour Eiffel
É provavelmente o bairro mais boêmio de Paris!! E vai precisar de muito tempo para, por aqui passear, relaxar e saborear a verdadeira essência artística de Paris!! 😉
Montmartre:
E da última vez que cá estive, não tive a oportunidade de caminhar pelas suas ruas e recantos e apenas fui conhecer a Basílica do Sacrè-Coeur, mas desta vez o dia foi dedicado a este bairro, e como o itinerário tem vários sítios para explorar, e as fotografias são tantas, decidi escrever um artigo só para Montmartre e os seus encantos!! E se for a Paris, este é sem dúvida o dia que mais vai ficar na sua memória!! Um passeio imperdível, todo obrigatoriamente feito a pé e claro com tanta beleza, tanta diversidade, não custa mesmo nada a caminhada!!
Leia o artigo do blog com o passeio por Montmartre!
Os pontos de paragem, onde no artigo, descrevo um a um, foram:
- Le Mur des Je T’Aime
- Igreja St. Jean de Montmartre
- Picasso Premier Atelier
- Le Consulat
- Dalí Space
- A Escadaria de Montmartre
- Place de Tertre
- Galerie Montmartre
- Basílica de Sacré-Coeur
- Carrossel na Place St. Pierre
- Apartamento de Vincent Van Gogh
- Café des Deux Moulins
- Moulin Rouge
Tour Eiffel:
Já ao final da tarde, tínhamos encontro marcado com a “Dama de Ferro” e para apresentá-la em grande a uma das amigas que não conhecia Paris, fomos de Metro até à Estação do Trocadéro, onde daqui a vista para a Torre é incrível!!
A entrada estava marcada para as 18h30, e isto por várias razões!! Primeiro para contemplar Paris durante o dia, segundo para ver o pôr do sol (que era pouco, mas felizmente neste dia não choveu…) e poder contemplar à noite, o verdadeiro significado da Cidade das Luzes!! E finalmente, o objectivo era ver a torre iluminada e com as luzinhas a piscar à hora certa!!
Conclusão: entramos pouco passava das 18h00, fiquei pelo 2º andar, pois no ano passado já tinha subido ao topo e as melhores vistas são no 2º piso, a Torre iluminou-se às 19h00 e a poucos minutos das 20h00 descemos pelas escadas, para aceder ao primeiro piso (que me desiludiu completamente…), e ainda dentro da instalações, mas já fora da Torre, à hora certa (20h00), as milhares de luzes começaram a piscar e durante 5 minutos foram momentos muito bons de apreciar a Dama de Ferro, no seu expoente máximo!!
Dica:
- Montmartre é claramente um dos meus sítios favoritos em Paris e aconselho vivamente umas boas horas por lá!!
- A subida à Torre Eiffel convém ser bem planeada e ter um pouco de paciência a comprar os bilhetes online porque nem sempre estão disponíveis e no primeiro artigo que escrevi sobre a minha primeira viagem a Paris, encontra lá mais pormenores sobre a Dama de Ferro.
- A primeira vez que vi o show de luzes foi do Arco do Triunfo, e é também, um belo espetáculo para assistir!! 😉
- Sempre com muita atenção à carteira e aos “esquemas”, em toda a cidade, mas principalmente em Montmartre!!
5º Dia
Ópera Garnier / Galeries Lafayette / Abbey’s Bookshop
A hora do regresso estava a chegar e o check-out no apartamento era às 10h00, por isso fizemos as malas, e felizmente, tivemos a oportunidade de as deixar guardadas na lavandaria do prédio e fomos fazer as últimas visitas!!
Ópera Garnier:
Caminhamos até ao 9º Arrondissement, um bairro que eu gosto muito e onde fiquei instalada no ano passado e fomos visitar a Ópera, também conhecida por Palais Garnier!!
Não tínhamos bilhetes, mas a fila não era grande e já lá dentro com cartão de crédito, compramos os 4 bilhetes, numa transacção muito simples em máquinas automáticas.
É dito que este é um dos edifícios mais bonitos de Paris, e a expectativa era muito alta!! E realmente não foi superada… Infelizmente, a sala principal estava fechada ao público e por isso a desilusão total… e isto acontece frequentemente, mas antes de comprar os bilhetes existiam várias placas a avisar o sucedido, e geralmente no site também avisam… Por isso fica a dica, se puderem visitar a Ópera, de preferência, que seja possível ver a sala de espetáculos!! Pois esta é, a cereja no topo do bolo!!
Depois na entrada, todo aquele esplendor na sua famosa escadaria central, é na minha opinião, completamente arruinado e ofuscado por dois pneus gigantes pintados de dourado… e por luzes de néon rosa e azuis…
Entretanto, isto foi só mesmo na entrada, lá dentro tudo permanece na sua forma original e tradicional e o Grand Hall, esse sim, é um espaço magnífico, luxuoso e repleto de arte!! E esta foi sem dúvida a minha parte favorita e que me encheu os olhos, de tanto dourado, cor e glamour!!
Dica:
- Apesar de ter tentado inúmeras vezes comprar os bilhetes online, não consegui porque nunca assumia a data que eu escolhia… No entanto, a fila para entrar foi rápida e depois de passar na segurança, lá dentro tem máquinas automáticas que vendem com cartão de crédito. Aconselho sem qualquer dúvida a pesquisarem na página oficial se a sala principal, a Sala de Espetáculos, está ou não aberta ao público, porque se não estiver, a visita vai ser incompleta e a melhor parte vai estar em falta…
Galeries Lafayette:
Para quem gosta de fazer compras e tiver carteira para isso… aqui é o paraíso das lojas de grandes marcas mundialmente famosas… e caras!! 🙂
Eu pessoalmente gosto de ir às Galerias Lafayette por dois motivos!! Primeiro, o seu rooftop, que oferece umas vistas da cidade maravilhosas e de forma gratuita!! Nós fomos até lá e levamos um lanchinho para comer no terraço enquanto nos despedíamos lentamente da cidade… E em segundo lugar, o interior do edifício é lindíssimo e agora até fizeram uma plataforma em vidro para apreciar melhor toda a sua beleza!! É preciso estar numa pequena fila e o número de pessoas que sobem a plataforma é limitado e controlado por um colaborador e podemos permanecer lá cerca de 2 minutos!! Não é nada demais, mas é giro e vale a pena!!
The Abbey Bookshop:
Já depois do almoço, e a conselho de um dos funcionários da Shakespeare & Company, fomos até ao Quartier Latin novamente, à procura de livros em 2ª mão!! E lá encontramos esta simpática livraria, que foi mais uma especial surpresa!!
Em 1989, Brian Spence deixou Toronto no Canadá e decidiu trazer a Abbey Bookshop até ao bairro latino de Paris, na Rue Parcheminerie que outrora se chamou Rue des Escrivains e teria sido palco de escribas e escrivães no seu comércio dedicado a livros! E que hoje em dia e desde há 20 anos, com esta charmosa livraria, aquela pequena rua voltou a ganhar vida e sentido!!
Dica:
- Se gosta de livros… aqui vai encontrar milhares deles!!! Do chão ao tecto pilhas de livros, prateleiras a abarrotar, corredores estreitos onde só cabe uma pessoa… parece tirado de um filme!! E se for de mochila, pense duas vezes, pois vai derrubar muitos livros na passagem!! E se quiser, pode sentar-se à entrada, ler um livro e tomar um cafezinho, oferta da casa!! 😉 Muito bom mesmo, uma viagem de regresso ao passado!!
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Deixo aqui o meu primeiro artigo sobre Paris com mais lugares a visitar e dicas!
E foi assim Paris!! 🙂
No regresso ao apartamento para ir buscar as bagagens, viemos pelas margens do Sena, onde dezenas de bancas preenchem os passeios com mais livros, telas, quadros e souvenirs, caminhamos e atravessamos pontes e dissemos um “Até já Paris!”, porque a Cidade das Luzes é para regressar com toda a certeza!!
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